sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Rotina

O "bip" do relógio soa às oito, então se estabelece um conflito para acordar. "Só mais dez minutos", então levanto às nove. Como sempre estou atrasado e saio sem café.
Se tivesse dinheiro pegava um táxi, mas em dias de inverno ônibus até que não é tão ruim. É aconchegante a medida que fica apertado e fedido a medida que fica quente.(Não quero que pareça que estou reclamando, pois em meio a esse transtorno já me ocorreram boas coisas, mas isso é história para se contar outra hora).
Chego ao trabalho a conversa é sempre a mesma: "Me desculpe! O ônibus quebrou." "Não,não! Não vai acontecer de novo." Acho que ele acredita em mim.
O trabalho não é árduo, só estresante e a pressão é constante, mas já não ligo.
A hora do almoço pra mim se resume a vinte minutos, tempo o suficiente para chegar ao restaurante, pegar uma fila, fazer o pedido, sofrer um dilema para decidir com quem se sentar e optar por me sentar sozinho. Me atraso ao voltar.
O trabalho é simples só tenho que transformar: "Não, eu não quero." em:"Sim por que não?" Se faço isso uma vez ao dia, então já fiz o bastante.
Quando chega a hora de ir embora, o assunto sendo trabalho. Todos reclamam, mas ninguém desiste. Deve fazer parte da coisa do ser humano.
Em casa chego às cinco, não me resta muito o que aproveitar. Hora leio um livro, assisto TV, faço alguns desenhos, mas nada como o ócio. Meu corpo sempre parece cansado. Talvez eu esteja ficando velho... não demora muito, adormeço.

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